LIÇÃO 6 - OS LIVROS DO PENTATEUCO IV

Texto áureo: “Porque, se vós crêsseis em Moisés, creríeis em mim, porque de mim escreveu ele”.(Jô 5.46)

Leitura Bíblica em classe: Dt. 26.5-11


INTRODUÇÃO

Estudamos na lição passada a formação do Pentateuco e suas implicações no mundo e para a igreja. Nesta lição iremos estudar sobre os livros que compõe o Pentateuco. Serão abordados temas desde o significado dos nomes de cada livro, bem como as suas divisões principais, aplicação destes livros e algumas simbologias referidas no Novo Testamento.

Informações ao professor: É importante que o professor em primeiro lugar ore, e peça que o Espírito Santo o ilumine para que tenha confiança no assunto que vai lecionar e principalmente que tenha conhecimento sobre os significados das palavras difíceis contidas em cada lição da EBD. Em específico para esta revista o professor deve ter conhecimento da divisão principal de cada livro, e de suma importância que já os tenha lido pelo menos uma vez. Não queremos dizer que tenha que saber tudo, pois, ninguém sabe tudo, mas para que sua aula possa ter um bom aproveitamento ele deve estar por dentro destes assuntos e conhecer a mensagem principal de cada livro. O professor também deve ministrar as suas aulas com uma seqüência organizada do assunto que vai explicar, e evitar muitos exemplos, para que não perca a mensagem que realmente quer transmitir aos alunos.

I – O LIVRO DE GÊNESIS.

O livro de Gênesis além de ser considerado um clássico, ele retrata a mais fabulosa história verídica dos fatos da criação e como se deu o início de tudo.

Assunto ou idéia principal: A criação de todas as coisas e da nação hebraica.
Mensagem: O fracasso do homem sob todos os aspectos e a salvação de Deus para cada situação.

1. O livro das origens.

- O significado do nome;
- A autoria do livro de Gênesis;
- O relato histórico do livro;
- O livro e outros assuntos essenciais.

• O título do livro vem do grego, “
geneseos” “geneseos”, que quer dizer “origem”, e a primeira palavra do livro de Gênesis em hebraico, é traduzido por “no princípio”, palavra esta que vem indicar tanto o alcance como os limites do livro. O livro de Gênesis vem relatar sobre o início da criação do universo como dos seres vivos em geral que habitam na terra, menos de Deus. Sem este livro, o conhecimento de um Deus criador, seria lamentavelmente limitado; não teríamos como argumentar sobre o poder de criação do nosso Deus, e estaríamos propícios a aceitar a teoria da evolução como verdade, por não conhecermos nada sobre a origem de tudo.
• A autoria do livro de Gênesis é atribuída a Moisés, segundo até mesmo a tradição hebraica. Esta tradição alega que Moisés foi inspirado pelo Espírito Santo de Deus, e assim, juntamente com antigos documentos existentes em seus dias, compôs o livro de Gênesis. Importante lembrar que, os fatos do final do livro de Gênesis ocorreram a aproximadamente 300 anos antes dos seus dias. Com isto Moisés poderia ter recebido as informações diretas de Deus, ou mediante registros históricos recebidos de seus ancestrais.
• Gênesis é o registro do começo de todas estas coisas. Não é de admirar que quando os homens, por causa da cegueira espiritual (Ef. 4:18), rejeitam a revelação de Deus neste registro dos começos, eles elegem uma figura para adoração como se fosse o criador. Ele começa com Deus, mas termina num caixão. O livro revela a história do fracasso do homem, mas o Senhor entra em ação para resolver o fracasso humano. O livro de Gênesis cobre pelo menos 2.000 anos, não é inteiramente história, é uma interpretação espiritual da história.

 

Quadro indicativo do livro

Fato

Referência

O começo do Mundo

Gn. 1:1-25

O começo da raça humana

Gn. 1:26; Gn. 2:25

O começo do pecado no mundo

Gn. 3:1-7

O começo da promessa da redenção

Gn. 3:8-24

O começo da vida familiar

Gn. 4:1-15

O começo de uma civilização humana

Gn. 4:16; Gn. 9:29

O começo das nações do mundo

Gn. 10; Gn. 11

O começo da raça hebraica

Gn. 12 até Gn. 50


2. O Conteúdo do livro.

- O livro possui duas divisões principais: do cap. 1 ao 11, e do cap. 12 a 50;
- Na primeira trata da criação até a torre de babel e na segunda a história dos patriarcas, ida do povo para o Egito, e termina com a morte de José.

• O livro de Gênesis apresenta duas divisões principais. A primeira que vai do capítulo 1 até o capítulo 11, que vem relatar desde o início da criação, até o fato ocorrido na torre de Babel.
• O livro de Gênesis responde a grandes perguntas da alma, como por exemplo: 1. A eternidade de Deus. 2. De onde veio o homem? 3. Como surgiu o pecado? 4. Como pode o homem pecador voltar para Deus? (Sacrifício de Abel), 5. Como pode o homem agradar a Deus? (a fé de Abraão), 6. Como podemos ter poder com Deus e com os homens? (Submissão de Jacó).
• A três palavras que podem dar o esboço do livro de Gênesis, que são: 1. Geração: No princípio Deus... Gn. 1:1; 2. Degeneração: Mas a serpente... Gn. 3:1; 3. Regeneração: Ora o Senhor... Gn. 12:1.
• O livro de Gênesis retrata o fracasso humano, primeiro num ambiente ideal (Éden), depois sob o domínio da consciência (da queda até o dilúvio), e finalmente sob o governo patriarcal (Noé a José). Em cada caso de fracasso humano, porém, Deus supriu a necessidade do homem com a maravilhosa promessa de graça soberana. É apropriado, portanto, que o primeiro livro da Bíblia nos mostrasse o fracasso do homem, sendo posteriormente resolvido pela salvação de Deus, em todas as circunstâncias.


3. O gênesis do N. T.

- Ocorrem citações do Gênesis no N.T.;
- Deus se manifestando de aparição teofânica;
- Simbolizando a revelação do Mestre.

• O livro de Gênesis relata uma história profética de um redentor que virá para dar cabo ao pecado e as obras de satanás. Muitos personagens e eventos foram mencionados pelos escritores do Novo Testamento, com relação à fé e a justiça, Rm. 4; Hb. 11:1-22, referente ao julgamento divino Lc. 17.26-29; Lc. 17:32; 2 Pe. 3:6; Jd. 7:11a, e também falando da pessoa de Cristo, Mt. 1:1; Jo 8:58; Hb. 7. Estas citações confirmam mais ainda a autenticidade existente nos livros do Pentateuco, pois, sendo estes reconhecidos pelos apóstolos, acreditar na veracidade dos fatos existentes.
• Uma citação que ocorre em At. 7:37-38, dissipa toda a dúvida quanto à origem do livro; foi recebida a palavra do Senhor para nos ensinar.


 

Alusões do livro de Gênesis ao Messias (Jesus)

Semente da Mulher

 Gn. 3:15

Peles de Animais

 Gn. 3:21

Abel e seu sacrifício de sangue

 Gn. 4:4

A entrada na arca da segurança

 Gn. 7:1-7

A oferta de Isaque

 Gn. 22

José erguido da cisterna ao trono

 Gn. 37:28; Gn. 41:41-44

II – O LIVRO DO ÊXODO.

Assunto ou idéia principal: O concerto com a nação Hebraica.
Mensagem: Redenção pelo sangue.

1. O Título.
- O significado da palavra;
- Mencionado poucas vezes no livro;
- Refere-se a um grande evento.

• A palavra vem do grego, “
exodos“, “êxodos”, que significa “saída”. É a segunda seção do Pentateuco, e trata dos acontecimentos relacionados com Israel em período posterior aos tempos propícios do governo de José. Registra os dois grandes pontos culminantes da história de Israel: o livramento do Egito e a entrega da lei. A partir, o livro do Êxodo ocupam posição central na revelação que Deus fez de Si mesmo ao seu povo, não apenas no antigo, mas igualmente no novo pacto, no qual o cordeiro pascal provê o tipo do sacrifício de nosso Senhor, e em que a Festa da Páscoa foi adaptada para comemorar nossa redenção.
• A relação entre o Gênesis e o Êxodo é muito semelhante a que existe entre o Antigo e o Novo Testamento. Gênesis narra o fracasso do homem em todas as condições e o Êxodo é a epopéia emocionante de Deus vindo em socorro do homem.
• A palavra aparece duas vezes citada no livro, e vem para traduzir a palavra em hebraico, YATSA, que significa “saída”.
• As principais escolas críticas vêm no livro do Êxodo uma composição de diversos elementos, originados em várias fontes ou mãos. O criticismo literário, em geral, consideraria então como ponto verdadeiro que uma obra literária contém fontes, e nunca consideraria as mesmas como evidencia de autoria múltipla. O ponto de vista judaico, desde o tempo de Josué (Js. 8:34-35), sancionado por nosso Senhor, e aceito pela Igreja Cristã, sustentava que o livro do Êxodo era obra de Moisés. Pela evidência interna essa é igualmente a impressão deixada pelo próprio livro. Nenhuma evidência filosófica tem sido produzida para rejeitar esse ponto de vista.

2. O Conteúdo.

- O livro apresenta três partes principais:
• A opressão;
• A libertação de Israel;
• A promulgação da lei.
- Refere-se o material para construção do Tabernáculo.

Iremos colocar em um quadro as duas divisões principais que o livro se encontra, bem como as cinco subseções:

 

1ª parte – A narrativa do Livro – Cap. 1 a 19

 2ª Parte – A Legislação – Cap. 20 a 40

(1) Escravidão

 (2) Redenção

(3) Educação

 (4) Consagração

 (5) Adoração

Cap. 1 e 2

Cap. 3 a 15:21

 Cap. 15:22 ao 19

 Cap. 20-33

 Cap. 24-40


• Três fatos importantes no livro do Êxodo: 1. Apresenta a história de Moisés, o grande herói do povo de Deus. Moody disse uma vez que Moisés gastou 40 anos pensando que era alguém, 40 aprendendo que não era ninguém, 40 descobrindo o que Deus pode fazer com um ninguém. Hb. 11:23-29. 2. A lei, que é dada na ultima parte do livro, e nos ensina que o remido precisa fazer a vontade do seu Redentor, consagrando-se ao seu serviço e submetendo-se ao seu domínio. Por isso, a lei moral é dada, e em seguida a lei cerimonial, que era a provisão de Deus para quem violasse a lei moral. 3. O tabernáculo, uma figura representativa do Redentor que estava para vir, em seus muitos ofícios e como um lugar para a sua glória visível na terra. A tipologia do tabernáculo é rica em verdades e ensinamentos.
• O livro fala da escravidão que o povo de Israel passou no Egito. Enquanto que o livro de Gênesis apresenta uma história de uma família o livro do Êxodo apresenta uma história de uma nação. Fala também do livramento deste povo das mãos do Egito, relata ainda a páscoa apresentada no capítulo 12 ao 12, retratando ainda como uma figura do cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo, “Pois também Cristo, nosso cordeiro pascal, foi imolado”, 1 Cor. 5:7. Do capítulo 20 ao 24 fala da dádiva da lei, quebrada e restaurada, e do 25 ao 40, fala da edificação do tabernáculo.

• Do capítulo 25 ao 40, o livro do Êxodo vem relatar de forma esplendida, todos os fatos sobre desde a coleta de todos os materiais para a construção do tabernáculo, com todas as ordens dadas pelo Senhor para a sua construção. Mais uma vez, vemos o Senhor nosso Deus agindo no coração do seu povo, disse Moisés: “Fala aos filhos de Israel que me tragam uma oferta alçada; de todo homem cujo coração se mover voluntariamente, dele tomareis a minha oferta alçada”, Ex. 25:2, e o Senhor tocou nos corações naquele dia, de um modo que todos trouxeram ofertas de outro, prata, madeiras, panos, com tanta abundância que o Moisés teve que mandar parar de trazer mais, Ex. 36.5-6. Como diz um irmão da igreja, “É só Jesus mesmo”, e é mesmo.

III – O LIVRO DE LEVÍTICO.

Assunto ou idéia principal: As leis da nação Hebraica
Mensagem: Somente pelo sangue e a santidade dos remidos, um imperativo.

1. O livro da Santidade.

- O significado e a derivação que o nome se refere;
- Várias ordenanças divinas;
- A separação dos sacerdotes;
- Uma importantíssima referencia feita no N.T.

• O nome de “Levítico” foi dado ao terceiro livro de Moisés, já na septuaginta quando o traduziram do original em hebraico para o grego. No hebraico o nome significa “E ele chamou”. A forma do nome atual é humana, atendendo ao fato de que o livro traz ordenanças para os levitas, embora o nome seja mencionado uma única vez em Lv. 25:32-33. A forma original é divina, condiz melhor ao conteúdo que friza o apêlo de Deus aos redimidos para se achegarem a Ele em comunhão e adoração e para se santificarem no corpo e na alma.
• O livro apresenta as várias ordenanças para o homem se achegar mais perto de Deus. Ele foi escrito para o povo redimido a fim de instruí-lo como se aproximar de Deus e como adora-lo. Em Gênesis, vemos o homem arruinado, em Êxodo, o homem redimido, e em Levítico, o homem adorando. Todas as figuras falam de adoração enquanto as de Êxodo dizem respeito à redenção. Levítico é por excelência, o livro da adoração.
• No novo testamento nós encontramos citações referindo as ordenanças do Senhor quanto à santidade, 1 Pe. 1:16, e uma outra grande citação referida pelo nosso Senhor Jesus que se encontra no livro de Marcos, Mc. 12:28.

 

A SANTIDADE DE DEUS

ACESSO

SANTIDADE

Do Cap. 1 ao 10

 Do Cap. 11-27

1 – 5 ofertas cada um representando um aspecto distinto. Cap. 1 ao Cap. 6:7

 1 – Lei da Pureza – Lv. 11 até Lv. 16

2 – A Lei das ofertas – fornece particularidade da ordem. Cap. 6:8 ao Cap. 7

 2 – Recapitulação das diversas leis. Lv. 17 até Lv. 26

3 – Sacerdócio. A chamada, a purificação, o vestuário, expiação, a unção, o alimento, o ministério, a falha. Lv. 8:1-5; Lv. 8:6; Lv. 8:7-13; Lv. 8:14-29; Lv. 8 :30; Lv. 8:31-36; Lv. 9; Lv. 10

 3 – As leis tocantes aos votos. Lv. 27


2. A interpretação de Levítico em Hebreus.

- A figura representada;
- O livro apontando para o calvário.

• As leis cerimoniais foram seguidas e observadas pelo Senhor Jesus em seu tempo, Ele mesmo disse que deveria cumprir lei, Mt. 5:17, e em diversas outras passagens do Novo Testamento o Senhor Jesus sempre dizendo que deveria ir ou fazer algo para que se cumprisse o que havia sido profetizado pela boca de um profeta.
• A referencia do escritor do livro de Hebreus deixa clara a simbologia apresentada pelo tabernáculo para cumprimento na pessoa do Senhor Jesus, Hb. 8:5. O livro deixa claro todos os sacrifícios da antiga lei, e o livro aos hebreus faz uma comparação com os ritos do sacrifício e do tabernáculo, apontado para o calvário e a pessoa de Cristo.

IV – O LIVRO DE NÚMEROS.

Assunto ou idéia principal: A viagem para a terra prometida.
Mensagem: Os remidos são salvos para servir, e combater a incredulidade.

1. Nome e conteúdo.

- O significado da palavra;
- O registro que o livro se refere;
- As conquistas do povo de Deus.

• Números é o nome pelo qual é conhecido o quarto livro de Moisés. É assim chamado porque registra os dois censos de Israel: em, no Sinai, Cap.1 e outro, em Moab, cap. 26. No original hebraico, seu nome é “B´ midbar”, que significa, “no deserto”, este sendo um título bem adequado aos relatos do livro, que põem em evidência as viagens, peripécias e experiências dos israelitas no deserto. É o livro do deserto.
• Os tradutores para o grego deram-lhe o nome de “
arithmoi” “arithmoi”, que significa números.
• O livro de números é chamado também do livro das caminhadas e Chamadas do Rol, Nm. 33:1-2. Pode ainda ser chamado o Livro das murmurações porque, do principio ao fim está cheio do espírito de rebelião contra Deus.
• O livro de Número é realmente o livro do deserto, que registra o lamentável fracasso de Israel em Cades-Barnéia, as caminhadas conseqüentes e as experiências do povo no deserto. Registra a peregrinação, as guerras e o fracasso da segunda geração do povo de Israel depois da saída do Edito. Mas não é esta a única mensagem de Números. Os primeiros dez capítulos dão-nos a legislação divina; os capítulos onze a vinte contam a história do fracasso daquela nação; mas nos capítulo finais lemos que Israel voltou a experimentar o favor de Jeová e encontramos a vitória final, mesmo no deserto.
• O livro de Números é o quarto livro de Moisés. Podemos também coloca-los da seguinte ordem: 1. Em Gênesis, vemos o homem pecando. 2. Em Êxodo vemos o homem sendo redimido. 3. Em Levítico, vemos o homem adorando. 4. Em Números, vemos o homem servindo.
• Esta é a ordem estabelecida pelo Senhor. Só o salvo pode servir e adorar a Deus. Lembre-se, fomos salvos para servir. Não somos salvos por boas obras e, sim, para as boas obras (Ef. 2:10). A lei pode conduzir-nos à terra prometida, mas só o nosso divinal Josué (Cristo) pode fazer-nos entrar nela. Paulo diz que a lei é o aio que nos leva a Cristo, Gl. 3:24. A lei não nos pode salvar porque a salvar não é por obras, Ef. 2:9.
• A geografia do livro leva-nos a três pontos: 1. Do Sinai a Cades. 2. Em tornos de Cades e de Volta a Cades. 3. De Cades direto para Canaã.

2. O livro de Números no N. T.

- Citações feitas no novo testamento;

• O livro de Números nos ensina também sobre a segunda oportunidade que Deus oferece para os seus filhos. A Bíblia nos revela que toda a raça humana tem sido picada pela serpente do pecado, o que significa morte. O único modo de o homem viver é se olhar para Aquele que assumiu a forma de homem e foi levantado na cruz a fim de levar sobre si mesmo o veneno do pecado. Se olharmos para ele, nosso Salvador, viveremos, Jo. 3:14-15.
• Uma representação evidente no Novo Testamento do livro de números é que a arca da aliança pode ser identificada atualmente como a palavra de Deus no meio do povo. Podemos observar como simbologia também é o som da trombeta de prata como o testemunho de um profeta fiel, e a coluna de fogo e a coluna de nuvem como a consolação e a direção do Espírito Santo. O tabernáculo e seus estatutos podem ser constituídos como o culto do santuário do Senhor. Em Hb. 3:1 vemos o escritor colocando que Jesus é “o apostolo e Sumo Sacerdote da nossa confissão”.
• No capítulo 9 do livro aos Hebreus, vemos citações claras de um novo pacto firmado com o povo de Deus naquela época e atualmente. Todas as coisas feitas pelo Senhor no passado eram como figuras para entendimento de que futuramente viria um Messias, assim como profetizou vários profetas, e que o povo deveria não só aprender, mas também entender. De fato, chegou um tempo em que se apostataram e negligenciaram os sacrifícios e as ordenanças do Senhor, a ponto do profeta Malaquias, profetizar que “Oxalá que entre vós houvesse até um que fechasse as portas para que não acendesse debalde o fogo do meu altar. Eu não tenho prazer em vós, diz o Senhor dos exércitos, nem aceitarei oferta da vossa mão”. Ml. 1:10. Novamente vemos o Senhor então entrando em ação e promovendo o livramento do pecado, através do nosso Senhor Jesus. Em todos os livros da Bíblia apontam para o Mestre e uma de suas funções e características, Aleluia.

V – O LIVRO DE DEUTERONÔMIO.

Assunto ou idéia principal: As leis da nação Hebraica
Mensagem: O verdadeiro motivo para e a necessidade da obediência.

1. Nome e conteúdo.

- O significado da palavra;
- O que se refere o livro;
- Os registros contidos no livro.

• O livro de Deuteronômio é o quinto livro de Moisés. Seu nome significa “Segunda Lei”, bem que, o livro não contém uma nova lei, mas as leis dadas em Sinai, 39 anos antes, aqui são revistas e comentadas. Impunha-se, com urgência, tal repetição. A exceção de Calebe e Josué, todos quantos saíram do Egito e receberam as leis em Sinai, não mais existiam, dão a necessidade de dar à nova geração, como toda a ênfase, essa repetição. Dessa tarefa se desincumbiu Moisés , numa série de discursos nas planícies de Moabe, ao fim de 40 anos de jornadear errante e exatamente um mês antes da travessia do Jordão pelos israelitas para se apossarem da terra prometida. Esses discursos dirigidos, oralmente, ao povo, Dt. 1:3, foram, posteriormente escrito e reunidos em forma de livro, Dt. 31:24-26.
• Deuteronômio contém: 1) A primeira referência aos filhos de Belial, Dt. 13:12; 2) Pela primeira vez encontramos a lei de pendurar no madeiro o condenado à morte, Dt. 21:22-23; 3) A única referencia no Velho Testamento à grande visão recordada em Êxodo, 3 que precedeu a chamada de Moisés e a libertação de Israel, Dt. 33:16; “Aquele que habitava na sarça”, e a grande profecia acerca dum profeta que havia de vir (Cristo) Dt. 18:15-19.
Há oito discursos distintos e separados, com um capítulo final sobre a morte de Moisés:

 

1 Discurso

2 Discurso

3 Discurso

4 Discurso

5 Discurso

 6 Discurso

7 Discurso

8 Discurso

9 Discurso

Retrospecto

Revisão

Aviso

Aliança

Conselhos

Instrução

Cântico

Benção

Moisés

Cap. 1 a Cap. 4:43

 Cap. 4:44 a Cap. 26

Cap. 27 a 28

 Cap. 29 a 30

 Cap. 31:1-23

 Cap. 31:24-29

Cap. 31:30 e Cap. 32

 Cap. 33

Cap. 34


2. O livro de Deuteronômio e o Senhor Jesus.

- A utilidade do livro;
- Quem utilizou este livro;
- A sua importância.

• Poderia-se supor que este livro tenha merecido particular estima da parte de Jesus Cristo, nosso adorável Senhor, durante sua infância, mocidade e vida de varão, pois, no conflito que manteve com o tentador, Mt. 4:1-11, Lc. 4:1-13, com Dt. 8:3, Dt. 6:13, Dt. 6:16, e Dt. 10:20, todas as citações eram deste livro. A julgar pelas muitas citações que aparecem nos livros dos profetas, devia ter sido o livro favorito deles também.
• Este livro tem sido alvo de terríveis ataques por parte da “Escola da Alta Crítica”. A data do livro é questão importante na crítica do Velho Testamento. Sustentam os críticos que o livro não foi escrito por Moisés, mas, por um autor desconhecido, no mínimo 600 anos depois; dizem mais que o Pentateuco, foi, em grande parte, escrito para glorificar o sacerdócio em Jerusalém e, particularmente, para estabelecer em Jerusalém o único templo para a adoração em Israel. Como explicar, então, o fato de que o nome de Jerusalém não só é totalmente ausente em Deuteronômio, como também não é citado, uma vez que sequer, nos demais livros de Moisés? Recordamo-nos como Jesus o usou, não nos admira que Satanás o odeie e tente desacredita-lo.
• Este livro é muito mais do que uma recapitulação e do que uma revisão da lei em Sinai. Com autoridade foi dito que: “O livro recorda o passado olhando para o futuro”. O livro inteiro é um tratado divino sobre a obediência. Moisés já percebera bastante, Nm. 20:1-6, que a nova geração não era superior a de seus pais, e reconhecia, que tudo dependia da obediência: Sua própria vida, a posse de Canaã, a vitória sobre seus inimigos, a prosperidade e a felicidade. Assim como todo o vigor de uma natureza ardente, ele roga a nova geração. Ele mostra quanto Deus anseia para que O obedeçam, Dt. 5:29, porque eram seus, Dt. 1:3, Dt. 14:1, porque os amou, Dt. 4:37 e Dt. 7:7-8, porque desejava preserva-los e os fazer progredir, Dt. 4:1-40, Dt. 5:29, Dt. 6:23-24, etc. e que, pela gratidão a Ele devida, pela sua graça, misericórdia e privilégio imenso que lhes concedeu, eles deviam reder-lhe tal obediência, Dt. 4:7-8, Dt. 5:6, Dt. 4:33. Toda a beleza e força deste livro só podem ser apreciadas quando o lemos duma vez. Como é forte, poderoso, no exortar e em apelar ao coração.



CONCLUSÃO.

Os livros do Pentateuco modelaram de uma certa forma não somente a nação de Israel, mas todas as outras nações que estiveram envolvidas com Israel apresentaram certos comportamentos que contribuíram para que Israel seguisse o molde estabelecido pelo Senhor. Os livros apresentam relatos fortes de como o Senhor Deus agiu para conduzir o seu povo, e mostra evidências claras, do caráter e da ação do Senhor no meio do povo, com os fatos desde a criação do mundo até a confirmação da promessa de uma terra que mana leite e mel.


Colaboração: CETGV - Luiz Gustavo N. dos Santos – Bel. em Teologia.
 


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